04.05.22
Me desvencilhando de um labirinto, criado por mim mesmo, que custei a achar a saída.
Bem, minha amiga indesejada, a ansiedade, novamente veio marcar presença, desta vez tenho associado ela ao meu aniversário que está próximo, das metas que tenho e...

Me desvencilhando de um labirinto, criado por mim mesmo, que custei a achar a saída.

Bem, minha amiga indesejada, a ansiedade, novamente veio marcar presença, desta vez tenho associado ela ao meu aniversário que está próximo, das metas que tenho e não realizei, de estar ficando cada vez mais velho e com a sensação de continuar no mesmo lugar. Mas hoje com mais cabeça consigo identificar progresso no meu Eu interior, apesar da minha mente insistir em querer me mostrar que não.

A minha cabeça tem uma pré disposição em me derrubar sempre que possível, a minha luta diária tem sido comigo mesmo. Lidar com a autossabotagem não é uma tarefa fácil, às vezes a vida me traz oportunidades e eu já começo a alimentar ideias tortas que fazem eu tropeçar, e cara, isso parece um vício venenoso.

Mas também tem coisa boa que preciso deixar escrito. A minha caminhada em busca pelo autoconhecimento tem sido satisfatória. Tenho percebido tanta força e bondade em mim, sinto até um nó na garganta por estar escrevendo isso agora. Num mundo tão desvirtuado saber que tenho um bom coração é uma vitória, saber do que sou feito é uma vitória. Acredito que a emoção querer falar mais alto seja de satisfação mesmo.

Minha sensibilidade nestes últimos dias está mais aflorada. É só eu dar play em alguma música favorita que já começo a estremecer. Hoje mesmo, vindo pro trabalho coloquei All Star do Nando Reis pra tocar, esse som me balança desde que ouvi pela primeira vez, sentir os olhos lacrimejarem foi inevitável.

Não sei, mas parece que a medida que venho me percebido mais tenho potencializado ainda mais a humanidade que carrego. Enfim, não sei por quê não crio o hábito de escrever mais (na verdade eu sei), sempre que me expresso com as palavras a leveza, de certa forma, se manifesta em mim.

22.05.19
31.07.18
Um passarinho azul; talvez seria a ilustração que mais me representasse atualmente.
Passarinhos; frágeis, delicados, envoltos de proteção pelos pais. Mas esse passarinho nem sempre terá esta proteção, e a fragilidade e delicadeza nem sempre serão...

Um passarinho azul; talvez seria a ilustração que mais me representasse atualmente. 

Passarinhos; frágeis, delicados, envoltos de proteção pelos pais. Mas esse passarinho nem sempre terá esta proteção, e a fragilidade e delicadeza nem sempre serão suas amigas. 

Este passarinho sentia que precisava aprender a voar com suas próprias asas, ter coragem para conhecer o desconhecido, ir em busca de evolução e oportunidades que não apareciam em seu ninho. Ele não abraçava a ideia de aceitar a zona de conforto.

Sozinho, o passarinho azul descobriu que é capaz de tantas coisas, mesmo que antes boa parte da vida mostrasse o contrário. Eram vários os motivos que faziam ele acreditar que não voaria, mas preferiu arriscar. No começo houveram tombos e as asas foram fraturadas. O voo sem dificuldades não veio de primeira.

Mas este passarinho é movido pelas próprias vontades, e a principal delas é a de ser feliz. E essa felicidade vem com a liberdade de ser ele mesmo, deixando no passado suas fraquezas, superando-as. Antes a visão que tinha era de estar rodeado por gaviões, e ele o único passarinho. Mas no processo de acreditar nele mesmo percebeu que era apenas uma miragem, eram seus medos e inseguranças se manifestando.

Hoje suas asas não são lesionadas com facilidade. Antes elas não tinham esta proteção, o passarinho não dava a devida atenção. Mas para voar era necessário que as asas estivessem em perfeito estado. Ele demorou a compreender isso, mas compreendeu. Depois de muitos machucados as asas começaram a receber amor, cuidado e proteção.

Ele tem muito a desbravar ainda, mas se orgulha pelos voos que já foram feitos. São estes voos a prova de que ele é capaz de voar, logo ele que a vida insistia em mostrar que não seria capaz, voou.

26.07.18
Nem tudo o que vemos é o que de fato existe. Todos já devem ter lido ou escutado alguém dizendo esta frase.
No meu caso fico me perguntando o quão positivo ou negativo podem ser as interpretações alheias em cima da minha imagem que compartilho nas...

Nem tudo o que vemos é o que de fato existe. Todos já devem ter lido ou escutado alguém dizendo esta frase. 

No meu caso fico me perguntando o quão positivo ou negativo podem ser as interpretações alheias em cima da minha imagem que compartilho nas redes. Aí rola aquela ideia de que eu não devo me preocupar com o que as pessoas acham ou deixam de achar sobre a minha pessoa. Ok, de fato não devemos nos importar com isso e temos que ser o que realmente somos. Mas é uma outra questão que me faz ficar num conflito de pensares.

Sou uma pessoa que vêm trabalhando a insegurança, não confiava no meu taco pra nada ou quase nada, mas já chegaram pra mim dizendo que não é isso que acham vendo minhas fotos. Isso é bom, então? Não transpareço minhas fraquezas? Mas e as interpretações erradas sobre a minha pessoa que nascem daí? Não que eu queira mostrar o que não sou, é apenas algo genuíno. No caso das fotos eu realmente me transformo numa melhor versão minha, sabe? 

Talvez eu devesse levar isso pra vida e fazer ser mais presente este eu mais seguro que apresento nas fotografias, ou devo me acanhar e não mostrar o que, sem o mirar da câmera, não sou? É este o meu conflito. Por que vivemos em um mundo o qual a imagem muitas vezes dita o que somos?

15.05.18
Cheguei num nível que não me importo de não disfarçar desprazeres, descontentamentos, reprovações. Boa parte da minha vida mantive minha boca fechada e a cabeça baixa, não mais. Se não me faz bem não tem por quê eu fingir estar de boa. Pra que ser...

Cheguei num nível que não me importo de não disfarçar desprazeres, descontentamentos, reprovações. Boa parte da minha vida mantive minha boca fechada e a cabeça baixa, não mais. Se não me faz bem não tem por quê eu fingir estar de boa. Pra que ser conivente com mentiras e fingimentos? 

Sei da verdade, não só da minha verdade, sei que o mundo rosa que alguns apresentam na verdade é negro, e fico me perguntando e lamentando ao mesmo tempo o por quê dão as mãos para o fingimento, uma mentira pequena de uma grande não deixa de ser uma mentira.

Vida mentirosa, sorrisos amarelos, abraços pra fazer média, pra que? por que? Eu realmente não tenho estômago para falsidade. E o pior é que ela nos rodeia. No próprio círculo familiar, talvez seja até onde ela está mais presente e por isso se alastra pra sociedade. Presenciar em casa e levar pra fora dela, eu não. 

11.05.18
O inverno vem chegando discretamente e sinto que ele não será meu amigo.

O inverno vem chegando discretamente e sinto que ele não será meu amigo.

20.04.18
Fui me descobrindo mais nestes últimos meses, muitas das respostas obtidas foram bem vindas, outras foram ganhando nitidez e me machucando.
Existe um preço a ser pago quando nos valorizamos, percebemos que movemos montanhas por pessoas que...

Fui me descobrindo mais nestes últimos meses, muitas das respostas obtidas foram bem vindas, outras foram ganhando nitidez e me machucando.

Existe um preço a ser pago quando nos valorizamos, percebemos que movemos montanhas por pessoas que acreditamos serem amigas, mas quando paramos para refletirmos se elas moveriam estas mesmas montanhas nos damos conta que não, e não é achar, é ter a certeza. E é esta certeza que machuca.

Eu fico só vendo, sentado, sem pedir para que fiquem, sem cobrar nada, apenas sentado observando pessoas se desligando de mim, estão indo aos poucos, se distanciando, não perguntando como anda a vida, não conversando sobre assuntos diversos do dia, às vezes uma troca de palavras que nada causam e só. E eu só observando e me perguntando: Será que não estão se dando conta? Será que realmente não se importam? Estas perguntas são autodestrutivas para o nosso bem estar, sustentá-las aperta o coração.

O amor próprio é essencial para todos nós, mas ele também faz com que enxerguemos algumas coisas que são duras de aceitar, sabe? Às vezes o lado ingênuo que tenho grita lá no fundo pedindo para que eu dê trela para as ilusões só para que estas verdades não me estremeçam.

20.04.18
05.04.18
O passado é passado no final das contas, né?
Demorei a aceitar isso, talvez pelo estoque de carência que eu fui acostumado a ter na infância/adolescência. Sempre que chegava alguém novo na minha vida eu me esforçava ao máximo para que ela não me...

O passado é passado no final das contas, né?

Demorei a aceitar isso, talvez pelo estoque de carência que eu fui acostumado a ter na infância/adolescência. Sempre que chegava alguém novo na minha vida eu me esforçava ao máximo para que ela não me deixasse, mas às vezes (e na maioria das vezes) elas vão e não adianta forçar.

O tempo foi passando e eu conseguia notar algumas mudanças, dentro de mim havia uma vibração em forma de comemoração, aquela carência ia perdendo proporção. No lugar dela o amor próprio foi ganhando espaço, e consequentemente características fortes vieram com ele. 

Fui notando que as pessoas sempre iam, mas eu ficava; com a tristeza, com a decepção, com a solidão, sozinho. É duro aceitar que somos substituíveis, precisei de muitos golpes para que a aceitação finalmente viesse. Não adianta fazer o mundo desabar quando alguém nos descarta, cada um é livre para fazer as escolhas que quiserem, sejam elas certas ou erradas. Livres para acertar e errar.

Hoje percebo o quanto amadureci com relação a isso, me libertei de uma das fraquezas que mais me debilitava. Hoje me encontro e me basto. Leio meus desabafos antigos e percebo o quanto evolui. Talvez por isso escrevo; para mim, e quem sabe para quem mais quiser ler, sem a pretensão de me fazer de vítima, apenas compartilhando minhas transições, meus momentos como ser humano.

20.03.18