Me desvencilhando de um labirinto, criado por mim mesmo, que custei a achar a saída.
Bem, minha amiga indesejada, a ansiedade, novamente veio marcar presença, desta vez tenho associado ela ao meu aniversário que está próximo, das metas que tenho e não realizei, de estar ficando cada vez mais velho e com a sensação de continuar no mesmo lugar. Mas hoje com mais cabeça consigo identificar progresso no meu Eu interior, apesar da minha mente insistir em querer me mostrar que não.
A minha cabeça tem uma pré disposição em me derrubar sempre que possível, a minha luta diária tem sido comigo mesmo. Lidar com a autossabotagem não é uma tarefa fácil, às vezes a vida me traz oportunidades e eu já começo a alimentar ideias tortas que fazem eu tropeçar, e cara, isso parece um vício venenoso.
Mas também tem coisa boa que preciso deixar escrito. A minha caminhada em busca pelo autoconhecimento tem sido satisfatória. Tenho percebido tanta força e bondade em mim, sinto até um nó na garganta por estar escrevendo isso agora. Num mundo tão desvirtuado saber que tenho um bom coração é uma vitória, saber do que sou feito é uma vitória. Acredito que a emoção querer falar mais alto seja de satisfação mesmo.
Minha sensibilidade nestes últimos dias está mais aflorada. É só eu dar play em alguma música favorita que já começo a estremecer. Hoje mesmo, vindo pro trabalho coloquei All Star do Nando Reis pra tocar, esse som me balança desde que ouvi pela primeira vez, sentir os olhos lacrimejarem foi inevitável.
Não sei, mas parece que a medida que venho me percebido mais tenho potencializado ainda mais a humanidade que carrego. Enfim, não sei por quê não crio o hábito de escrever mais (na verdade eu sei), sempre que me expresso com as palavras a leveza, de certa forma, se manifesta em mim.