Eu decidi sumir. Desesperado eu decidi que não queria mais existir. Naquele momento eu era incapaz de sentir meu coração de tão rápido que ele batia. Acelerado, ele me trazia a incerteza. Nada era certo. A mesma boca que dizia que me amava, era a mesma que me odiava e eu, tolo sempre acreditava. Quantas vezes não me peguei no meio da madrugada recolhendo os cacos que meu coração deixava ao lado da cama?! Depois de uma noite de devaneios e culpas jogadas em mim por mim mesmo, eu afundava. A cada decepção você cresce ou afunda um pouco mais. Tive um pouco dos dois e a parte mais difícil era me despedir de algo que eu não queria me despedir. Esse sentimento não me fazia bem, mas fazia meu coração disparar, o estômago tremer, a garganta secar e o coração acelerar, de novo. O medo é a parte mais sombria do ser humano. Ele acorda cada canto do seu corpo e te faz fazer coisas que são você jamais faria.
Às vezes é preciso perder pra poder ganhar. Deixar para traz algo que momentaneamente te faz bem, mas que te põe em corda bamba e a luta do cérebro com o coração é constante! Eu olho nos seus olhos e não consigo mais sentir nada, pois meu coração está acelerado. Não consigo te ouvir pois minha respiração está ofegante. Eu penso em você, mas não consigo te ver, pois estou tremulo. Minha cabeça gira e dança quando não deveria dançar. Esse é meu adeus. Não posso dizer até breve, pois a incerteza do amanhã me amedronta. E o coração dispara novamente.
A melhor parte de mim é quando tenho você. A calma, o cheiro doce de girassóis do campo, a brisa sobre meus cabelos estão sobre mim quando se trata de você. E quando se trata de você, meu coração também dispara. Impetuoso, nada pode me parar. Me torno meu pior inimigo. Nada faz sentido a não ser caminhar descalço em brasas para chegar até você. Eu venho caminhando esse tempo todo esperando você me ver e me notar, mas você não está mais aqui de mãos dadas comigo e por isso meu coração dispara.